![](https://oconsultorempatentes.com/wp-content/uploads/2020/06/120-768x768.png)
Recentemente, em julho deste ano, a WIPO divulgou que a China ingressou nas top 20 economias mais inovadoras do mundo. A inovação é medida através do GII, índice mundial de inovação. Este índice se baseia em uma série de critérios tais como gastos com publicações científicas e educação dos países avaliados, assim como depósitos de pedidos de patentes.
![](https://static.wixstatic.com/media/9653aa_1e34002cf38c4622a327fa6d20eb84f6~mv2_d_3656_1928_s_2.jpg/v1/fill/w_614,h_324,al_c,q_80,usm_0.66_1.00_0.01/9653aa_1e34002cf38c4622a327fa6d20eb84f6~mv2_d_3656_1928_s_2.webp)
Os países membros da WIPO, World Intellectual Property Organization, depositaram mais de três milhões de patentes em 2016, sendo que, cerca de um milhão e quatrocentos mil patentes concedidas, segundo relatório elaborado pela organização. O Brasil, por outro lado, teve cerca de 22 mil depósitos de pedidos de patentes analisados e 4 mil patentes concedidas no mesmo ano de 2016, segundo dados o relatório.
O mesmo relatório da WIPO afirma que apenas a Ásia recebeu mais de dois milhões de pedidos no ano de 2016, sendo que a maior parte deles ocorreu na China, com 1,3 milhão de pedidos e mais de 400 mil patentes concedidas, seguida por Japão e Coréia do Sul. No continente americano, os Estados Unidos depositaram o maior número de patentes, atingindo, em 2016, mais de 600 mil pedidos de patentes depositados e 303 mil patentes concedidas. O número de depósitos de pedidos na China em 2016 excedeu o número de depósitos dos EUA, da Europa, do Japão e da Coréia do Sul juntos, ou seja, o segundo, terceiro, quarto e quinto lugares.
O documento também revela um aumento muito expressivo de número de depósitos na China, de mais de 20% com relação à 2015, enquanto nos Estados Unidos houve aumento mais discreto de 2,7%.
As dez primeiras posições em depósitos de patentes são:
1. China
2. EUA
3. Japão
4. Coréia do Sul
5. Alemanha
6. França
7. Grã-Bretanha
8. Suíça
9. Holanda
10. Rússia
24. Brasil
Outra informação relevante contida no relatório da WIPO é o índice de pedidos de patente rejeitados ou abandonados. A Tailândia, por exemplo, teve apenas 10% de seus pedidos de patente concedidos entre os analisados pelo escritório nacional. Já o Brasil teve 19% de seus pedidos concedidos. No outro extremo temos países como o Japão onde 71% dos pedidos analisados foram concedidos.
Outra informação interessante do relatório é a respeito da estrutura dos escritórios dos países. Por exemplo, os Estados Unidos com seus 8279 examinadores analisaram cerca de 930 mil pedidos, concedendo 303049 patentes e rejeitando 484479.
Já o Brasil, no mesmo período, teve 22401 pedidos analisados por 201 examinadores, rejeitando 2371 e concedendo 4228.
Vale ressaltar que o número de patentes concedidas pelos escritórios ao redor do mundo dependerá não apenas do número de pedidos, mas também da estrutura de que dispõe para processá-los, dos procedimentos internos envolvidos, da perícia dos examinadores, etc. Sendo assim, é importante analisar os dados considerando as relevantes diferenças entre os escritórios.
Os Estados Unidos ocuparam a primeira posição no número de depósitos entre 1883 e 1963. O gráfico abaixo revela a variação de número de pedidos depositados nos cinco países líderes em número de depósitos.
Podemos ver que Japão passou os Estados Unidos em 1968, assumindo a liderança até 2005, quando volta a cair para o segundo lugar, sendo ultrapassado pelos Estados Unidos. O gráfico também revela que a China passa por um acentuado crescimento desde meados da década de 1990, ultrapassando o escritório europeu e sul coreano em 2005, Japão e Estados Unidos em 2010 e 2011, respectivamente, tornando-se líder mundial, desde então.
![](https://static.wixstatic.com/media/9653aa_09681e9869c54829a736f0df889311db~mv2.png/v1/fill/w_798,h_339,al_c,lg_1,q_85/9653aa_09681e9869c54829a736f0df889311db~mv2.webp)
Fonte: WIPO
Christian Slaughter